Busque-se!

* Por @felizardoreis

Busque-se!

Tenho visto uma galera meditando, lendo, buscando, indicando uma diversidade de maneiras e perspectivas com relação a espiritualidade e autoconhecimento. Diante disso, nos últimos tempos, uma reflexão tem tomado conta dos meus dias e tem me ajudado a ter muita força para buscar mudanças que considero necessárias em mim nesse momento.

Por mais clichê que isso pareça, tenho percebido o quanto somos cercados de padrões sociais e estéticos. Tem hora que parece que alguém nos colocou em um labirinto que nunca vamos sair, ao escapar de um padrão logo vem outro. Mas, o fato de identificarmos que temos muitos padrões sociais que nos rondam já nos alerta de alguma forma. Sair dos padrões, principalmente aqueles ligados a estética é um desafio diário e muito grande. Muitas vezes, até sem querer fico me comparando com outro e isso sempre gera uma certa frustração, pois eu não sou o outro. A gente olha pra TV, pro Instagram, pra qualquer coisa, e ainda que a gente saiba que a realidade e a virtualidade não são idênticas, a gente acaba se deixando levar um pouco. A gente olha a evolução do outro e quase sempre se esquece que ele teve um caminho para chegar até ali. As vezes a gente se cobra por querer estar em um ponto de evolução que ainda não atingimos.

Pensando em me desenquadrar um pouco desse padrão e da comparação constante, quero apontar uma das coisas simples que tem me ajudado a vivenciar uma espiritualidade mais sadia e real: tentar me inspirar mais em gente que está mais preocupado com o que vive do que com o que mostra, ou, que mostra o que vive, ou, ainda, que vive o que acredita com certa leveza.

Parece bastante bobo o que eu disse, mas é que a gente se esquece. Somos humanos e que em nós reina a diversidade. Deste modo, no que tange a espiritualidade é primordial que a gente saiba que aquilo que estamos vivendo ou buscando tenha uma relação de conforto com aquilo que eu sou no mundo e com aquilo que me constitui feliz.

Espiritualidade

Claro que muita gente religiosa acredita que a religião nem sempre deve ser algo confortável. Que na dor se conquista muitas coisas, eu não duvido disso. Não acho que essas pessoas estão erradas e mais adiante vou falar o que penso disso, mas, admiro a possibilidade de que as práticas espirituais nos ajudem a uma superação do sofrimento e um encontro consigo mesmo. Eu fielmente acredito que em tudo que queremos fazer por um longo tempo da vida, entre elas a nossa espiritualidade, o conforto é fundamental para que a gente consiga permanecer. É quase igual a um sapato, tem uns que são lindos mas não cabem na gente e outros são desconfortáveis. Mas aqueles que nos agradam e nos fazem estar bem ficam com a gente por longos anos.

Em tempos em que vemos uma diversidade de pessoas famosas, meditando, participando de missas, postando suas previsões e o que acham do mundo, vale a gente ressaltar que o que vale é buscar o que de fato mata a sede da nossa alma. (ficou bonito isso!) Quem sou eu é sempre primordial a se perguntar para tentar fugir um pouco dos padrões. E claro, essa pergunta pode ajudar a também encontrar novas práticas ou aprimorar as antigas, mas sempre se buscando para evoluir.

Busque-se!

Para não cair em “modismos espirituais” é preciso saber muito de si. Mas os modismos não são necessariamente ruim, pois, uma vez eu li uma frase que dizia: as vezes um caminho errado te leva a um caminho adequado, mas, nem sempre. As vezes um caminho que não é o nosso, ou o sapato que não nos cabe, pode nos causar mais dor do que alegria. Nem sempre damos conta de escolher o caminho que estamos ou que nos colocaram nele, mas em nossos processos podemos pensar se onde estamos nós queremos permanecer.

Como relato pessoal, o yoga e a meditação tem me ajudado muito e feito sentido pra mim. Mas tudo bem se pra você não, o importante é você, caso queira, encontrar uma prática que possa te ajudar a ser mais ainda quem você é. Busque-se!

@felizardoreis

(32)987065218

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